Wednesday, October 08, 2008

Eu sei que o amor é uma coisa boa

Atrás do balcão está o casal dono do bar. Pago meu consumo e pergunto se posso usar o telefone. A mulher vai discando os números que dito e ninguém atende.

Até que falo o nome de meu irmão e o marido se manifesta:

— Eu conheço esse cara, você é amigo dele?

— É meu irmão.

Ligamos para ele e meu irmão diz que virá. Enquanto ele não vem, converso com a mulher e ela me conta a história de duas filhas que teve. As duas nasceram com algum problema congênito (de pele, de tamanho) e ela as enrolou a certa altura em panos e...

Nessa altura parou de falar. Era uma mulher jovem e me olhava de um jeito estranho, como se não me entendesse mas ao mesmo tempo estivesse se sentido afetada pelo que eu estava dizendo.

— Vamos, acho que teu irmão já chegou, ela disse.

Meu irmão tinha mesmo chegado e estava conversando com o marido na porta do bar.

— Vamos?

O casal sentou no banco de trás. Meu irmão dirigia. O estranho era que estávamos numa auto-estrada, à noite escura, e quando perguntei para onde estávamos indo o marido disse que estávamos só dando um passeio.




(Para o Zeca, pelo Guri, que ainda não vi)

1 Comments:

Blogger Rodrigo Monteiro said...

Ontem vi o filme ONde andará Dulce Veiga.

Onde anda você que de carro em texto, de festa em blog eu não só te encontro assim de repente?

Terminei agora pouco o texto aquele. Ufa! Queria que você lesse.

abraços.

ps.: vou atualizar o blog com dois idiotas e apareceu a margarida.

8:07 AM  

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